Reserva Ecológica de Jacarepiá (REEJ), em Vilatur
Localizada integralmente em Saquarema, a RESERVA ECOLÓGICA ESTADUAL DE JACAREPIÁ (REEJ) foi criada pela pelo Decreto nº 9.529-A de 15/12/86 (D.O. de 31/01/87), com o objetivo de proteger de forma mais restrita os ecossistemas próximos ou correlacionados à LAGOA DE JACAREPIÁ até então em bom estado de conservação. Afastada do mar cerca de 1200 metros, a lagoa está cercada por extenso brejo que, em época chuvosa, consiste em área de inundação favorecendo uma flora e fauna bastante diversificada. Situada entre a lagoa e o mar, encontra-se a mata seca de restinga com árvores em torno de 20 metros, de troncos grossos e galhos repletos de epífitas, remanescentes de uma época passada, quando grandes trechos de restinga eram revestidos por pujante floresta, em muitos pontos interligados à Mata Atlântica, formando corredores por onde se cumpria o ciclo vital e evolutivo da migração das espécies da fauna regional, sendo algumas endêmicas, como o Mico Leão Dourado. Segundo relatório da FEEMA, nesta Reserva se situa a melhor mata seca de restinga de todo o Estado do Rio de Janeiro, não tendo outra em igual estado de preservação. Após levantamento botânico pôde-se verificar que a maioria das espécies ali encontradas já não existem mais em outras restingas do Estado.
A reserva é um refúgio natural para o desenvolvimento de várias espécies representativas de nossa fauna, tanto aquática quanto terrestre, e de nossa flora, assim sendo:
O mico-leão dourado, pequeno primata ameaçado de extinção, que aproveita os antigos ninhos do Pica-Pau dourado (pássaro que constrói seus ninhos e, troncos de árvores na mata seca de restinga), ninhos esses que lhes servem de abrigo e esconderijo protegendo-os dos predadores noturnos;
Guaxinins, lontras, cobras d’água e jacarés de papo amarelo estes considerados como os maiores predadores da região e ameaçados de extinção;
Inúmeras espécies de aves, tais como: o Pica-Pau dourado, a coruja buraqueira, a batuíra, o gavião da restinga, o sabiá da praia, o quero-quero, o anu branco, o maçarico, garças, socós e outros encontrados em brejais.
A ictiofauna se faz representada por espécies de peixes característicos de laguna como: acará, traíra, piaba, e outros, além de inúmeros alevinos, girinos e grande quantidade de sapos, rãs e pererecas que participam da cadeia alimentar de animais de grande porte, como os Guaxinins e as lontras.
A flora se faz representar por diversas plantas entre as quais podemos destacar o maracujá da restinga e inúmeras espécies de bromeliáceas. Vários artigos foram publicados em revistas especializadas, assim como reportagens para a mídia envolvendo as espécies lá encontradas, muitas inclusive de grande valor fitoterápico. Veja o mapa aqui.