O próprio clima, com certeza, tem um pacto com a vocação turística do lugar, pois as chuvas ocorrem apenas o suficiente para não prejudicar os verdes, mas caem predominantemente à noite, garantindo dias claros e ensolarados. A região consta entre as 5 de maior índice de insolação do País, daí encontrar-se muitas salinas. São raros os dias em que não sopram as brisas que amenizam o calor de todo esse sol.
A Princesinha da Região dos Lagos
Iguaba Grande situa-se no coração da Região da Baixada Litorânea, também conhecida como Região dos Lagos ou Costa do Sol. Considerada privilegiada por sua tranquilidade e belezas naturais, Iguaba Grande atrai veranistas e assíduos frequentadores, que desfrutam dos recantos pitorescos, possuindo uma boa estrutura de serviços com pousadas, hotéis, restaurantes e camping. A paz e o sossego, características principais do cotidiano da pequena cidade às margens da Laguna de Araruama, a maior laguna hiper-salina do mundo. A cidade possui 32 Km² de extensão territorial, e faz limite com os municípios de São Pedro da Aldeia e de Araruama.
Origem
Como a maioria das aldeias brasileiras, Iguaba (que em tupi significa lugar de muitas águas), surgiu com a construção da Capela da Imaculada Nossa Senhora da Conceição, edificada em 1761, pelo padre jesuíta Francisco Borges. Seu tombamento ocorreu em 12 de março de 1979, pelo Patrimônio Histórico.
A capela está situada em frente à praia, na Rodovia Amaral Peixoto, Km 96, entre residências e casas comerciais. Assemelha-se ao modelo mais simples das capelas jesuíticas, obedecendo ao estilo típico da época. Construída com argamassa, óleo de baleia, pedras e conchas. Além da reforma feita por Bento José Martins na primeira metade do século XIX, a pequena igreja sofreu em 1972, uma segunda, que, descaracterizou o seu interior.
Registra-se, também, como marco inicial às centenárias palmeiras que pela altura e beleza, destacam-se na paisagem, plantadas em frente ao Colégio Estadual Dr. Francisco de Paulo Paranhos e ao prédio da Guarda Municipal.
Estação de trem
Igualmente a toda pequena cidade do interior, Iguaba Grande também tinha sua estação de trem da Estrada de Ferro Central do Brasil. Fundada em 15 de maio de 1915, os vagões transportavam passageiros e cargas, de Niterói a Cabo Frio e vice-versa.
Emancipação
No dia 13 de março de 1994, cerca de 95% dos eleitores foram as urnas concordando com a emancipação do distrito. A votação popular para determinar a separação político-administrativa de Iguaba Grande foi de grande importância para a Região dos Lagos.
Turismo
As praias, ao longo da Rodovia Amaral Peixoto, com extensão aproximada de três quilômetros, variando entre cinco e dez metros de largura, apresentam areias claras, de granulação média e grande quantidade de conchas, oferecendo especial atração aos visitantes.
Iguaba Grande, Ilha Santa Rita
Outros pontos turísticos conhecidos são o trecho denominado Praia da Ilhota, na altura do Km 98,5, destacando-se a Ilha de Santa Rita de Cássia, onde havia um oratório construído em 1917 (destruído por vândalos) e recentemente reconstruído; e a Ponta da Farinha, no Morro do Governo.
Casa da Cultura de Iguaba Grande
Casarão do Século XIX, situado no centro da cidade, que oferece exposição permanente de objetos históricos, exposição de artistas plásticos regionais, feira permanente de artesanato e pequeno anfiteatro ao ar livre que nos fins de semana e feriados apresenta shows de artistas locais. Conta, ainda com o Armazém da Terra, quiosque destinado à venda de produtos regionais, tais como tapioca, sola de amendoim, mel de abelhas e outros.
Pedra da salga
Singular formação geológica com milhões de anos, de interesse também histórico, pois constituía-se numa salina natural utilizada pelos índios tupinambás e pelos primeiros colonizadores de nossa região. No local, atualmente, funciona um posto do Batalhão da Polícia Rodoviária.
Tem importância geológica e histórica, pois a sua datação é estimada em milhões de anos, quando da formação da Restinga de Maçambaba e da própria laguna. Nos primórdios de nossa colonização já era utilizada , pelos tupinambás e pelos povos que os antecederam, como salina natural.
Em 2008, o arqueólogo peruano Alfredo José Altamirano descobriu no local uma pedra em forma de lagarto, com possível intervenção humana no trabalho de esculpi-la, atribuindo esse trabalho a um grupamento que antecedeu a nação tupinambá, possivelmente o povo do sambaqui ou um grupo nômade, ainda pouco estudado, que ele denomina “povo Araruama” ou “Mataruna”, e que usava o local para rituais em homenagem aos lagartos, que eram abundantes, na época, em toda a região e que os indígenas consideravam animais sagrados e temidos.. Alguns cronistas do século XVI falam dos enormes lagartos, crocodilos e jacarés existentes em Juturnaíba, Sapeatiba, Rio São João. Os estudos do arqueólogo merecem mais estudos e aprofundamento.
Eventos religiosos
As festividades religiosas mais importantes são: Festa de São José (19 de março), Festa de Nossa Senhora de Fátima (13 de maio), Festa de Corpus Christi, em junho (calendário móvel), Festa Junina (Iguapira) e Festa da Imaculada Conceição (8 de dezembro), padroeira da cidade.
Igreja Matriz (Nossa Senhora Conceição)
A construção foi iniciada na década de 50. Em 1977 com a chegada do Padre Fernando, o prédio foi transformado em Salão Paroquial, quando se ergueu a Igreja nova para melhor acomodação dos fiéis. Cada etapa da obra, promovia-se campanhas com bingos, churrascos e rifas. Ainda no tempo do Padre Fernando, levantou-se o segundo pavimento do salão Paroquial, onde eram ministradas as aulas de catequese e outras atividades da Paróquia. O Salão Paroquial foi reconstruído após vendaval, pelo Padre Antônio Corrêa a comunidade e turistas, com verba oriunda da Alemanha.
Hotelaria
A rede de hotéis e pousadas é dotada de conforto e ótimo atendimento. Os hóspedes têm atenção especial, pois, o lugar é tranquilo, de onde podem iniciar seus passeios por toda a Região dos Lagos.
Atividades econômicas
O setor terciário, que envolve o comércio, a prestação de serviços, a construção civil e o turismo, é a principal fonte de renda do pequeno município.
Indicadores sociais
Iguaba Grande tem o 9º melhor IDH-M do Estado do Rio de Janeiro, índice criado pela FGV – Fundação Getúlio Vargas para acompanhar o desenvolvimento dos municípios brasileiros.
História de Iguaba Grande
Originário de São Pedro da Aldeia, o município de Iguaba Grande, em língua tupiguarani significa “lugar de muitas águas”, foi instalado em 1997. A Área urbana daquele município, com a criação da Base Naval, passa a sofrer alterações, com os loteamentos de veraneio que, a partir do núcleo habitacional da Base, se desdobram pela RJ-106, em direção a Iguaba Grande.
A colonização das terras dos atuais municípios de São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande teve início com a catequese dos grupos indígenas realizada pelos missionários da Companhia de Jesus e com a Fundação da primeira localidade de Cabo Frio. Em 1617, os jesuítas fundaram a Aldeia de São Pedro, construindo uma capela que se tornou o marco da colonização dessa Área. O desenvolvimento da aldeia determinou sua elevação à categoria de freguesia em 1795, recebendo a denominação de São Pedro da Aldeia. Data da mesma época a construção da Capela de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou padroeira de Iguaba Grande.
A localidade de São Pedro manteve essa hierarquia durante um século, em razão da supremacia mantida pela cidade de Cabo Frio. A abolição dos escravos, que na maioria dos municípios fluminenses prejudicou a economia local, trouxe mudança das atividades agrícolas para a pesca. Essa rápida adaptação motivou a independência político-administrativa da antiga freguesia de São Pedro da Aldeia, tendo sido desmembrada de Cabo Frio em 1890, como município de Sapiatiba.
Durante um período de meses durante o ano de 1892, o município foi reanexado a Cabo Frio mas recuperou sua autonomia no ano seguinte, por último sob o nome de São Pedro da Aldeia. A vila somente adquiriu jurisdição de cidade em 1929. Iguaba Grande alcança emancipação pela edição da Lei n.º 2.407, de 07 de junho de 1995, e é instalado em 01 de janeiro de 1997.
Veja o mapa de Iguaba Grande
Como chegar
Acesso de carro:
- Saindo da Ponte Rio-Niterói, seguir na Rodovia Niterói-Manilha ( BR-101) e entrar na RJ 124 (Via Lagos) em direção à Macaé
- Saindo da Ponte Rio-Niterói, seguir pela Alameda São Boaventura e pegar a Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) em direção à Macaé.
Dúvidas sobre pedágio?
Via Lagos (21) 2734-4141de 2ª a 6ª feira das 8 às 18h, e sábados e domingos pelo telefone 0800-7020124
Ponte Rio-Niterói (21) 2620-9333
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- Viação 1001: (21) 4004-5001 / 0300-3131001 / http://www.autoviacao1001.com.br
- Macaense: (21) 4004-1400
- Salineira: (22) 2645-5454